'Foi uma grande surpresa': arquiteta descobre gravidez aos 39 após anos na tentativa de ter bebê

  • 18/05/2025
(Foto: Reprodução)
Isabela Brandão e o esposo Lincoln Morais já haviam planejado gerar um filho antes, entre 2017 e 2021, mas, mesmo com diversos exames, o resultado positivo nunca surgia. Isabela Brandão descobriu a gravidez da Elisa aos 39 anos Arquivo pessoal “Foi um susto gigante”, lembra a arquiteta Isabela Brandão, ao descobrir que estava grávida aos 39 anos — especialmente porque a surpresa veio após muitas tentativas frustradas quando ela era mais nova. 📱 Participe do Canal do g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp “A Elisa veio de surpresa, apesar de ter sido muito planejada e querida por muitos anos antes. Descobri a gravidez pois percebi que estava com a menstruação atrasada por mais de uma semana e resolvi fazer um teste. Meu marido não sabia que eu estava atrasada nem tinha ideia de que fui comprar um teste para fazer”, conta Isabela, que é moradora de Presidente Prudente (SP). “Era horário do almoço de uma sexta-feira, 20 de outubro de 2023. Saí de uma obra, fui na farmácia e comprei aquele teste que mostra as semanas — porque sei lá de onde eu achei que poderia ser positivo e saber as semanas seria ótimo. Cheguei em casa, fiz o teste e deu positivo. Chamei meu esposo Lincoln pra ver e ele tomou o maior susto. Achou até que nem era um teste nosso. Perguntou de quem era aquilo e ‘o que significava a palavra grávida’ [risos]. Demorou pra cair a ficha e ele nem achou que o teste de farmácia era eficaz. Aí eu mostrei escrito na caixa... 99,9%. Foi um susto gigante. Ainda assim, no mesmo dia, fiz um exame de sangue e deu positivo mesmo”, detalha a mãe de primeira viagem. Isabela Brandão e o esposo Lincoln Morais à espera da Elisa Arquivo pessoal Isabela e o esposo já haviam tentado ter um bebê anos antes, em 2017. O casal fez diversos exames e “nunca aparecia nada de errado” — mas também “nunca dava certo”. “Eu parei de tomar pílula e comecei a tentar engravidar em 2017. Fizemos diversos exames e nunca tinha nada de errado. Mas nunca aconteceu de engravidar ou de atrasar mais de sete dias. No começo, até fazia uns testes de gravidez em dias de atraso pra saber e nada. Fui investigar em diversos médicos. Na época, eu morava em São Paulo (SP) e, em 2019, mudamos para o Rio de Janeiro [RJ] e fomos em mais médicos por lá também. Nada de errado era encontrado”, relata a mãe. “Em 2021, já estávamos morando em Presidente Prudente e eu fui novamente a outros médicos. Nesse momento, eu tinha um diagnóstico de Lúpus — que era um diagnóstico errado e eu só soube em 2023, quando engravidei e estava em tratamento. Os médicos que fui em Presidente Prudente me desencorajaram de tentar engravidar. Como eu estava havia anos tentando, já não tinha mais expectativa mesmo, aceitamos que seríamos excelentes tios para nossos sobrinhos e afilhados”, expressa a arquiteta ao g1. Elisa foi planejada por anos antes de finalmente vir ao mundo Arquivo pessoal Medo Isabela conta que, embora a gravidez fosse um sonho muito desejado, descobri-la aos 39 anos trouxe medo ao casal, já que, geralmente, gestações após os 35 anos são desencorajadas pelos médicos. “Assim que vimos que eu estava grávida, foi um susto muito grande. Apesar de tão esperado, era algo que nos deu muito receio, por sabermos que era desencorajado pelos médicos. Eu já fui muito rápido a um obstetra para começar o pré-natal e já tinha uma outra reumatologista agendada para uma nova avaliação e acompanhamento do Lúpus. Por estar grávida, eu tive que interromper parte do tratamento que fazia até ter os resultados dos novos exames. E, para minha surpresa, a nova médica verificou que eu não tinha Lúpus. Foi um alívio gigante”, afirma ela. As consultas com diferentes profissionais se tornaram frequentes, principalmente, para investigar possíveis condições que pudessem colocar a vida do bebê em risco. “Na mesma semana, eu fui ao obstetra com esses exames e ele pediu outros exames. Nessa primeira, consulta ele pediu para agendar uma consulta de urgência com uma hematologista, pois como eu nunca tinha engravidado antes e por ter histórico de trombose na família, algo relacionado a trombofilia poderia ser encontrado e isso me faria perder o bebê”, descreve Isabela. “Aí começou a corrida de exames e realmente deu que tenho trombofilia. Passei a tomar injeção de enoxaparina diariamente. Consegui pelo alto custo do SUS [Sistema Único de Saúde]. Foram 271 injeções [durante] a gravidez toda e até 40 dias após o parto”, acrescenta ao g1. Isabela precisou tomar 271 injeções devido à trombofilia Arquivo pessoal Um dia de cada vez A mãe relata que a gestação foi vivida um dia de cada vez, porque, mesmo com todos os cuidados, o casal dizia que não sabia “se teria o bebê nos braços”. “Toda a minha gravidez foi vivida um dia de cada vez. Não sabíamos se teríamos esse bebê com a gente, nos nossos braços. E eu e o Lincoln decidimos viver intensamente todas as vitórias diárias. E assim foi indo. Tive uma gravidez ótima, com tudo controlado. Tive muito acompanhamento médico. E foi dando tudo certo. Mas na minha cabeça, era algo tão incrível que nem parecia verdade. Foi uma benção gigante”, declara a arquiteta ao g1. “O parto foi uma cesárea que o médico decidiu fazer com 38 semanas. A Elisa nasceu com 2,600 quilos. Não foi um bebê maior muito provavelmente devido à trombofilia, que, apesar de controlada pelo medicamento, ainda causa influência”, pontua Isabela. Elisa nasceu com 38 semanas, em Presidente Prudente (SP) Arquivo pessoal Descobertas Os desafios do pós-parto logo se fizeram presentes com a chegada da pequena Elisa. Isabela conta que, embora se sentisse preparada e soubesse que não seria uma tarefa fácil, precisou aprender a se colocar em segundo plano e aceitar que não havia nada mais importante do que estar ao lado da filha quando ela mais precisava. “A chegada da Elisa foi cheia de desafios e eu estava preparada e sabendo que não era tarefa fácil. Por já ter praticamente 40 anos, foi muito tempo da vida sendo dona do meu próprio tempo, e ser mãe é exatamente se entregar e doar completamente nosso tempo a um ‘serzinho’ que depende integralmente da gente”, descreve a mãe. “É aprender a se colocar em segundo plano e saber que não existe tarefa mais importante que estar com o bebê naquele momento. Enquanto eu não aceitei isso, foi muito difícil. Minha mãe, que mora em Bauru [SP], veio ficar um mês aqui em casa pra nos ajudar. O Lincoln, que eu já achava um maridão, se mostrou o melhor tipo de parceiro que alguém pode ter num momento desses. Ele me mantinha alimentada e com água por perto e não deixava faltar nada. Esse primeiro mês pra mim foi muito difícil. Era muito sono e muita dor da cesárea, amamentar foi também bem difícil. Mas as coisas vão se organizando e tudo foi entrando nos eixos”, lembra ao g1. Isabela e sua mãe Laura Brandão Arquivo pessoal Baby blues Além das dificuldades comuns do puerpério, Isabela enfrentou uma condição chamada baby blues, caracterizada por oscilações de humor, tristeza, ansiedade, irritabilidade e choro fácil. “No pós-parto, nesse primeiro mês, eu tive o que chamam de baby blues, que é uma leve depressão pós-parto, algo que passa com o tempo. Eu só chorava, de alegria, de amor, de desespero, de sono. Fiquei muito sensível e com os hormônios malucos. Mas passou. E com o tempo, a cada dia, ver cada evolução de um ‘serzinho’ que depende da gente preenche a nossa vida. Não tem dificuldade que se sobreponha a um sorriso do seu bebê, aos primeiros barulhos, primeiros dentinhos, primeiras palavras e primeiros gestos. Eu não mudaria nada do que estou vivendo hoje. A vida fica com um significado muito maior”, afirma Isabela. “Como falei, minha mãe ficou aqui comigo no primeiro mês de vida da Elisa e no meio da primeira semana, eu ainda não entendendo nada, comentei com ela... ‘Mãe, que loucura isso de ser mãe, de ter que cuidar tanto de outra pessoa, parar a nossa vida pra viver isso…’ (E no caso da minha mãe foram 4 filhos, maluca, né?). Aí ela me respondeu com a maior calma ‘Filha, ser mãe é isso... Eu larguei tudo de novo e estou aqui pra cuidar da minha nenê que está precisando de mim’... Aí eu entendi tudo”, diz ela. Laura Brandão, mãe de Isabela, ficou 40 dias com a filha e a neta no pós-parto Arquivo pessoal 40 anos Enquanto Elisa completava dois meses de vida, Isabela celebrava seus 40 anos. Segundo a mãe de primeira viagem, nem em seus maiores sonhos ela esperava estar “quarentando” com um bebê seu dormindo no colo. Entre os muitos processos vividos no primeiro ano da maternidade, Isabela destaca a amamentação como uma das fases que lhe causavam medo — e que foi bastante dolorosa nos primeiros meses. “Sobre a amamentação... Eu tinha muito medo de amamentar. Medo de doer, de tudo. Não gostei nada no início. Doía demais e não tinha todo leite necessário. Precisei chamar uma consultora para auxiliar na pega, pra ela ter mamadas mais efetivas e para não me machucar”, expõe. “Desde a maternidade, a Elisa já tomou fórmula e segue na amamentação mista. Eu tive pouco leite no início, mas insisti muito. Consegui há uns quatro meses, com muita dedicação, dar muito mais peito do que fórmula, e vou seguir amamentando até quando der. É muito maravilhoso ver o bebê se alimentando em você. Ter essa sensação, hoje, eu amo. Já fui casa e hoje sou alimento para ela. Isso é incrível”, opina a arquiteta. Isabela não esperava 'quarentar' com um bebê em seu colo Arquivo pessoal Transformação Hoje, a pequena Elisa está com 11 meses, e Isabela se prepara para celebrar seus 41. Às vésperas do primeiro aniversário da filha, a arquiteta afirma que se tornar mãe a transformou em um ser humano melhor. “Pra mim mudou tudo, eu sou um ser humano melhor e acredito que só quem tem um filho entende. A vida fica diferente, as prioridades mudam, você passa a ser alguém que é essencial para cuidar integralmente de um outro ser. A dimensão disso é algo inexplicável”, menciona ao g1. “Ser mãe pra mim é aprender que não temos controle. Podemos organizar, cuidar, estar atentos, mas nada está de fato no nosso controle. Pra mim, é um aprendizado gigante de desprendimento do nosso ego. É aprender a viver um dia de cada vez e a viver intensamente o hoje, o momento presente e saber se doar”, considera a mãe. Isabela acredita que se tornar mãe a transformou em um ser humano melhor Arquivo pessoal De olho no futuro, Isabela espera “conseguir criar uma pessoa legal” e, com o passar dos anos, se tornar “desnecessária” na vida da filha. “Eu espero conseguir criar uma pessoa legal. Que a Elisa seja gente boa, que ela tenha um olhar positivo para a vida e que saiba lidar com os dias não tão felizes. Quero ser ‘desnecessária’ com o passar do tempo, pois acredito em educação com autonomia e fui criada assim. Quero ver essa minha menina crescer e quando ela precisar de mim, todas as vezes que precisar, estarei lá pra ela”, conclui a mãe de primeira viagem aos 40 anos. Isabela espera 'conseguir criar uma pessoa legal' Arquivo pessoal VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias em g1 Presidente Prudente e Região.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/2025/05/18/foi-uma-grande-surpresa-arquiteta-descobre-gravidez-aos-39-apos-anos-na-tentativa-de-ter-bebe.ghtml


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