Demora e macas em corredor: pacientes relatam problemas no atendimento por conta de superlotação no Hospital da PUC-Campinas

  • 09/05/2025
(Foto: Reprodução)
Com 20 leitos no PS Adulto SUS, unidade chegou a 83 pacientes internados na quinta-feira (8). Orientação é para que população procure outras instituições de saúde. Após superlotação, Hospital da PUC orienta que pacientes busquem outras instituições Por conta de superlotação no Pronto-socorro Adulto destinado a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital PUC-Campinas, pacientes relatam problemas e demora para conseguir atendimento na unidade. Segundo relatos, pacientes estão sendo atendidos em macas nos corredores e o tempo de espera pode chegar a 12 horas. Confira abaixo. De acordo com o Hospital da PUC-Campinas, há 76 pacientes internados, todos de alta complexidade, nesta sexta-feira (9). O cenário crítico ocorre um dia após a unidade registrar recorde de lotação em 2025. Na quinta (8), 83 pacientes estavam internados. A capacidade é de 20 leitos, o que significa que 63 estavam instalados em áreas adaptadas. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp O motoboy Sílvio Roberto dos Santos disse, em entrevista à EPTV, afiliada TV Globo, que a esposa, Sandra de Jesus da Silva, faz tratamento oncológico no hospital. Segundo ele, a paciente tem câncer no fígado, mama e ossos. "Está tudo lotado. Maca lá no corredor, paciente no corredor, sendo atendido no corredor, entendeu? Porque não tem espaço lá na sala de emergência, não tem nada", afirmou. Bruna Cristina Borges, filha de Cátia Borges, também trata um câncer na unidade. A mãe contou que sempre há lotação no hospital, mas que a situação piorou no último mês e que está indignada com o atendimento da filha. "Ela está sentada, deitada em uma maca ali no corredor, sendo uma paciente oncológica. Da mesma forma que tem ela, tem pessoas de idade. A gente vê que chega muita gente com dor, muita gente passando mal mesmo, e fica ali naquele corredor. A demora é de quase 12 horas para atender o paciente", relata Cátia. A orientação do Hospital PUC-Campinas é que pacientes busquem atendimento em outras instituições de saúde. Porém, os que procuram outras unidades também enfrentam dificuldades. O seu Ângelo Augusto de Oliveira teve uma inflamação no pé após ficar internado. Ele tentou marcar consulta no Centro de Saúde do Satélite Íris, mas foi informado que só conseguiria agendamento em julho. A preocupação da família é que a ferida aumente ainda mais com a demora para ser atendido. "Ele saiu da internação para a infectologia. A infectologia da PUC atendeu ele. Ele estava com a ferida no pé, mas não estava tão grande como está hoje. Desde o dia 7 até agora, ela aumentou muito para todos os dedos. Eu retornei na infecto aqui semana passada sem ele, conversei com os médicos. Eles deram o encaminhamento para o pronto-socorro, porque ele precisa de um vascular. Aí eu vim aqui no pronto-socorro, conversei se ia ter atendimento ou não, sabendo que estava tendo essa lotação. Falaram que com encaminhamento, sim. Mas a gente chegou e falaram que no mínimo oito horas para passar com um clínico geral, e que hoje ele não conseguiria um vascular", relata Carol Oliveira, filha de Seu Ângelo. Por conta do longo tempo de espera, seu Ângelo chegou a passar por classificação de risco, mas decidiu não aguardar o atendimento. Demora e macas em corredor: pacientes relatam problemas no atendimento por conta de superlotação no Hospital da PUC-Campinas Reprodução EPTV O que diz o Hospital PUC-Campinas? Em relação às reclamações dos pacientes, o hospital informou que Bruna Cristina Borges está asssistida e estável, internada em uma maca por conta da superlotação. Já Sandra de Jesus da Silva foi transferida para a sala de emergência e está em uma sala reservada para ficar com a família. Para garantir e preservar a segurança técnica assistencial e a qualidade do atendimento no pronto-socorro, a PUC-Campinas orienta que a população do atendimento SUS procure outras instituições de saúde. Pede também que as regulamentações da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) aguardarem a estabilização da unidade para encaminhamento de novos casos. O que diz a Prefeitura? Sobre o caso de seu Ângelo, que buscou atendimento em um Centro de Saúde (CS) de Campinas, a prefeitura informou que ele é assistido pelo município e possui amplo histórico de atendimento na rede. Comentou ainda que o acolhimento e assistência em saúde aos pacientes são garantidos durante todo o período de funcionamento do CS Satélite Íris. A prefeitura destacou que o paciente deve passar inicialmente por uma Unidade Básica para avaliação da equipe de saúde. Quando ocaso do paciente é avaliado como urgência ou emergência, há encaminhamento para um hospital ou unidade de pronto atendimento. Caso seja eletivo, conforme a necessidade, há agendamento de consulta ou outro encaminhamento para demais tipos de atendimento disponíveis no SUS municipal. Sobre a quantidade de leitos na metrópole, a Secretaria de Saúde de Campinas informou que está em constante negociação para ampliação, que acompanha a negociação do estado com a Casa de Saúde para mais estruturas e tem reivindicado, junto ao Governo Estadual, a implantação do Hospital Metropolitano. A pasta reforçou que monitora de forma contínua a ocupação dos leitos e encaminhamentos de pacientes na cidade por meio do Sistema de Regulação do Estado de São Paulo (Siresp). "A secretaria solicitou, neste momento, em razão da medida anunciada pelo Hospital da PUC, que a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) de São Paulo reduza os encaminhamentos de pacientes de outras cidades da região para Campinas". Lotação em outras unidades A prefeitura informou ainda que "nenhum paciente que necessita de internação na Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar está desassistido. A ocupação é dinâmica e muda a todo momento, pois a rotatividade de leitos é alta. Em média, 30 pacientes têm alta e outros 30 são internados em cada hospital municipal diariamente. A ocupação está entre 95 e 100%, mas nenhum paciente deixa de ser atendido, uma vez que as unidades trabalham no sistema “porta aberta”. A ocupação é dinâmica e muda a todo momento, pois a rotatividade de leitos é alta". No Hospital de Clínicas da Unicamp, a ocupação de leitos na emergência está em 170%. Eram 99 pacientes por volta das 12h, mas de acordo com o hospital, apesar da lotação ser usual, a taxa muda constantemente. Hospital PUC-Campinas enfrenta superlotação no PS Adulto SUS nesta quinta-feira (25) Reprodução/EPTV VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/05/09/demora-e-macas-em-corredor-pacientes-relatam-problemas-no-atendimento-por-conta-de-superlotacao-no-hospital-da-puc-campinas.ghtml


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